Ao longo dos séculos várias foram as mulheres portuguesas que se destacaram na hora de fazer ouvir a sua voz pela igualdade de género. São décadas de luta e sacrifícios pessoais para dar passos no sentido de uma sociedade mais justa. O Município de Campo Maior, por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Mulher, quer dar a conhecer algumas dessas personalidades que tiveram a coragem de falar por todos e contribuir para a valorização e reconhecimento do papel da Mulher na sociedade.

Regina Quintanilha

(1893 - 1967)

A 15 de novembro de 1913 estreou-se como advogada, depois de ter sido a primeira mulher a licenciar-se em direito em Portugal. Aos 17 anos pediu a matrícula na Universidade de Coimbra, ingressando no curso depois de o Conselho Universitário ter reunido propositadamente para deliberar sobre o ingresso de um aluno do sexo feminino. No dia da sua entrada na Universidade, foi recebida por toda a Academia. Terminaria o curso em três anos, mas a sua estreia, no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, só ocorreria depois de o Supremo Tribunal de Justiça lhe ter dado autorização para advogar. Passariam ainda cinco anos até que, a 19 de julho de 1918, o decreto n.º 4676 consagrou a abertura plena da advocacia às mulheres.

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